Aplicativo Gamificado com biofeedback por ventilação para acompanhamento e otimização da atenção no TDAH: plataforma clínica dinâmica para atendimento.

Resumo

O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) é um dos distúrbios neuropsiquiátricos mais prevalentes na infância, afetando aproximadamente 5% das crianças ao redor do mundo. Além de estar relacionado à desatenção, desorganização e/ou hiperatividade, também são observadas alterações comportamentais ligadas à disfunção do controle autonômico, como aumento do tônus simpático e diminuição do tônus vagal, juntamente com mudanças no padrão respiratório. Em relação ao tratamento, entre 20% e 25% dos pacientes com TDAH não apresentam resposta satisfatória aos medicamentos, além de possíveis efeitos colaterais que podem levar à interrupção do uso. A proposta objetiva dar sequência ao projeto contemplado pelo programa PIPE I, cujo objetivo foi o desenvolvimento de uma plataforma clínica integrada, e intervenção gamificada interativa adequada ao público infantil, para auxílio na realização de exercícios de respiração por crianças com TDAH. As metas deste presente projeto envolvem o avanço do MVP concebido no PIPE Fase I (TRL5), adicionando linhas de atuação específicas e inovadoras para o desenvolvimento comercial e introdução da solução proposta no mercado (TRL8). O produto será implementado pela SELF, empresa que desenvolve soluções para computação em nuvem, inteligência artificial, gestão de dados e serviços de auxílio ao tratamento, e monetizado por meio da adesão a pacotes mensais, incorporando inteligência e tecnologia ao tratamento. O potencial de mercado do produto se baseia no número de crianças com TDAH no Brasil (2,8 milhões), e estima-se atingir 5% desse público em cinco anos. Os desafios científicos envolvem a integração dos módulos de sinais eletrofisiológicos ampliando o controle dos jogos, o desenvolvimento da versão mobile com interação touchscreen e conexão com sensores para processamento do biofeedback em tempo real, adaptado a dispositivos móveis, atendendo a protocolos robustos de segurança de dados em conformidade com a LGPD. Além disso, propõe-se a implementação de um banco Data Lake otimizado para futura aplicação de algoritmos de inteligência artificial. Essa estrutura permitirá a personalização das intervenções com base em análise preditiva e aprendizado de máquina. A possibilidade de personalização da terapia de acordo com as necessidades clínicas é um diferencial, considerando a diversidade de perfis no TDAH, e pode favorecer o engajamento e a aderência dos usuários, potencializando, por consequência, os resultados do tratamento. (AU)