Efeito do treinamento de força com oclusão vascular na hipertrofia muscular e vias moleculares de síntese e degradação proteica em idosos.

Resumo

O American College of Sports Medicine recomenda a realização de treinamentos de força (TF) para melhora e manutenção da saúde de idosos, principalmente por atenuar o processo de atrofia muscular. A redução de fibras do tipo II diminui a habilidade de produzir força de forma rápida (i.e. potência muscular e taxa de desenvolvimento de força), o que aumenta a dificuldade de realizar as atividades da vida diária (i. e. subir escadas, levantar da cadeira, etc.) e o risco de queda nessa faixa etária. Contudo, para populações sedentárias ou com determinadas patologias, o treinamento de força objetivando a hipertrofia muscular pode ser extenuante ou até mesmo não indicado já que são recomendadas altas intensidades (>65% 1-RM) de treinamento, o que proporciona um volume total elevado. A redução desse volume do TF (série x repetições x carga) pode ser interessante, visto que reduziria o risco de lesão, bem como, sobrecarga cardiovascular em idosos. De tal modo, desde a década passada estudos tem demonstrado que o TF de baixa intensidade (20-50% 1-RM), quando combinado a uma oclusão vascular moderada (TFO) nos grupos musculares exercitados, promove hipertrofia e ganhos de força muscular similar ao TF de alta intensidade (TFAI). Assim, TFO pode ser uma alternativa para proporcionar hipertrofia de fibras tipo II com menor estresse mecânico aos idosos. O objetivo desse estudo é observar como as vias moleculares de síntese e degradação de proteínas são modulados pelo TFO de forma aguda e crônica em idosos. Nossa hipótese é que tanto de forma aguda quanto crônica, as vias de síntese proteica serão moduladas positivamente, enquanto as de degradação sofrerão uma redução na suas expressões