Monitoramento de alterações de composição bioquímica de biomassa microalgal frente a condições de estresse

Resumo

A atual conjuntura sócio-ambiental demanda novas alternativas para o desenvolvimento de fontes de energia renovável e geração de produtos de valor agregado com base no uso de biomassa renovável e tecnologias limpas. Neste contesto, as microalgas fotossintetizantes aparecem como promissores organismos capazes de atuar na biorremediação ambiental de forma acoplada a seu uso em bioprocessos de geração de compostos de valor agregado, tais como biocombustíveis e pigmentos de alto valor de mercado. Entretanto, o estudo e aplicação das microalgas em processos de escalas industriais ainda é incipiente, carecendo de avanços significativos no conhecimento da biologia das microalgas para o fomento de seu uso em aplicações biotecnológicas. As diferentes respostas celulares das microalgas, que mesmo ainda pouco conhecidas a nível molecular, são dependentes de estímulos internos e externos aos quais as células estão constantemente expostas. Como as células respondem a estes estímulos determinará o destino de uma série de biomoléculas celulares, na direção de seu acúmulo ou de sua degradação. O monitoramento de crescimento celular bem como a quantificação biomassa total e teor de compostos bioquímicos totais tais como lipídios, carboidratos, pigmentos, consumo de nitrogênio, fosfato e de outros elementos é fundamental para a compreensão das alterações fisiológicas celulares (Melo, et al., 2014).