Investigação do potencial antimicrobiano de extratos de própolis brasileira em biofilmes polimicrobianos e sua influência na performance eletroquímica de superfícies de titânio

Resumo

Superfícies de titânio jateadas e com duplo ataque ácido (SLA), devido à sua maior rugosidade, podem favorecer o acúmulo de biofilme e ocasionar o desenvolvimento de infecções peri-implantares. Embora a terapia mecânica seja essencial no controle dessas infecções, sua eficácia isolada pode ser limitada. Nesse contexto, a associação com agentes antimicrobianos, como a própolis, tem ganhado atenção por oferecer fácil acesso, propriedades anticorrosivas e uma composição biológica atrativa. Sendo assim, esse estudo objetiva avaliar o efeito antimicrobiano da aplicação tópica de extrato de própolis verde e vermelha brasileira em biofilmes polimicrobianos desenvolvidos em superfícies SLA, além de investigar como a imersão nessas diferentes soluções influencia o desempenho eletroquímico das superfícies. Discos de titânio comercialmente puro, polidos e tratados com SLA, serão divididos em 4 grupos: NaCl 0,9 % (controle de crescimento), clorexidina 0,12 % (controle positivo), própolis vermelha 11% e própolis verde 11%. As caracterizações de superfície serão realizadas por microscopia eletrônica de varredura (MEV), espectroscopia de energia dispersiva (EDS), microscópio confocal de varredura a laser 3D (CLSM), molhabilidade e rugosidade. O potencial antimicrobiano do filme contra biofilme polimicrobiano será avaliado quanto às unidades formadoras de colônia (UFC/mL), estrutura do biofilme por MEV e CLSM, peso seco e metabolismo por XTT. A influência do protocolo de imersão na viabilidade de células pré-osteoblásticas MC3T3-E1 será avaliada pelo ensaio de MTT. O comportamento eletroquímico das superfícies será avaliado (potencial de corrosão, espectroscopia de impedância eletroquímica, curva potenciodinâmica e taxa de corrosão). Os dados serão submetidos ao teste estatístico mais apropriado (a = 5%).