Efeitos terapêuticos da fisetina na Síndrome da Disfunção Cognitiva Canina.

Resumo

O envelhecimento é um processo natural que acomete todos os seres vivos. Com o avanço da medicina veterinária, os cães têm vivido cada vez mais, atingido, com maior frequência, a terceira idade. O envelhecimento patológico é um processo degenerativo que acomete as funções de diversos órgãos e tecidos, dentre eles o sistema nervoso central. A Síndrome da Disfunção Cognitiva Canina (SDCC) é um distúrbio neurodegenerativo progressivo análogo à Doença de Alzheimer (DA) em seres humanos, caracterizada pelo acúmulo de proteína beta-amilóide (ABeta), hiperfosforilação da proteína tau (Tau) e neuroinflamação, que leva à neurodegeneração. Apesar de, até o presente momento, a SDCC não possuir um tratamento efetivo, terapias multimodais visam atenuar os sinais clínicos e retardar a progressão da doença. Neste contexto, a fisetina, um flavonoide natural, se apresenta como um tratamento promissor, tendo em vista que suas propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes já são bem descritas na literatura. A terapia com fisetina tem sido estudada para a DA pela sua atividade senolítica, neuroprotetora e neurotrófica, com potencial de aprimorar a cognição. Devido a estas propriedades, a fisetina é uma terapia promissora para o tratamento da SDCC.