Mensuração de biomarcadores da exposição as aflatoxinas em fluidos humanos

Resumo

A contaminação por micotoxinas em alimentos tem sido extensamente relatada na literatura nacional e internacional. A estimativa da exposição individual pode ser realizada por diversas aproximações, entretanto, a que melhor reflete a ingestão efetiva é a quantificação de biomarcadores em fluídos corpóreos. Existem biomarcadores que indicam os riscos efetivos da ingestão, como o aflatoxina N7-guanina e aflatoxina-albumina, enquanto outros biomarcadores indicam apenas a ingestão de níveis de aflatoxina, como a aflatoxina M1, P1 e Q1. A ingestão de aflatoxinas tem sido correlacionada com inúmeras doenças, bem como com a excreção de biomarcadores em fluídos humanos. Dentre os biomarcadores, a AFM1 apresenta uma boa correlação entre a dose ingerida e excretada. Na literatura internacional, existem inúmeros relatos da avaliação da exposição as micotoxinas através da quantificação de biomarcadores em urina e leite humano, entretanto, a abrangência de países e regiões pesquisadas é restrita. No Brasil, a literatura relata extensamente a ocorrência de aflatoxinas em gêneros alimentícios, mas existem escassos relatos sobre a quantificação de biomarcadores de exposição em fluídos humanos. Este estudo avaliará a exposição as aflatoxinas através da quantificação de AFM1 em urina e leite humano, além de mensurar o consumo alimentar individual visando identificar possíveis fontes de contaminação e dietas de maior risco. (AU)